terça-feira, 21 de junho de 2011

8º Mês - "Um corte, um movimento..."


Por Fabrício Carvalho

É... faz tempo que não posto nada... correria...mas, vamos lá. Oitavo mês... muito bom saber que chegamos até aqui e está tudo bem com as duas mulheres da minha vida. É muito, mas, muito interessante acompanhar o envolvimento da mãe com o bebê. "Rapaz", às vezes me pego de longe observando as duas no maior do diálogo. Diálogo este, no qual só as duas entendem. Do tipo que um simples movimento da Elis responde uma série de perguntas feitas pela mãe. Eu não entendo nada. Porém, a mãe sabe tudo! E se as duas estão "conversando" e eu chego para atrapalhar o "papo cabeça" (aquele que a mãe fala com voz de criança, tudo no diminutivo... acho que é "MANHÊS"), elas param o assunto. Brincadeira! Mas, é muito bom sentir que no imaginário das duas, elas são uma só, por enquanto; e nestes momentos crescem juntas. Meu amor mais antigo carrega agora meu amor mais novo. Está agora com a barriga ainda maior, só que ainda mais linda. É que Elis está com 47cm na 35ª semana. Grande, né? É filha de pai! Bom... com este barrigão todo, meu amor, está com um andar "diferente", eu diria... "remador"... é engraçado olhar para ela nos corredores do supermercado, vindo no final do corredor, remando de um lado e de outro. É muito lindo! Quando a observo vindo, abro um sorriso (de admiração, respeito e emoção) e ela sorri também, só que me repreende - "pare de mangar de mim!". Eu a observo e sinto algo muito bom. É uma energia muito boa você ver a mulher da sua vida carregando parte das NOSSAS VIDAS. Ah... eu ia me esquecendo! Homens, quando suas esposas grávidas, após terem ido dormir bem, acordarem se sentindo pra baixo, sem roupa, feias... as convidem para ir a um cabeleireiro, dá um corte... um corte que "dê apenas movimento". Meus amigos, melhora 80% do humor. É incrível! Oitenta por cento é uma vantagem... pois a oscilação é intensa. Nada como um bom movimento nos cabelos de uma grávida!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O 8º mês – “Sem roupa... sem movimento...”

Por Isis Correia



Bem... bem... bem... Acho que cheguei na fase que todo mundo falava!!! Já acordo com vontade de permanecer em casa... abro o guarda-roupa e... “putz! Acho que só restam três opções que ainda cabem e mesmo assim, os vestidos começam a ficar curtos para ir trabalhar”... calça não é mais recomendada, afinal além de prender a circulação, por mais que ela seja de gestante, aperta a pequena Elis que já está mais “arroxada” do que nunca. Dormir deitada? Jamais... pega aquele travesseirão e dorme quase sentada, mesmo após ter passado o dia todo no trabalho na mesma posição, praticamente. O resultado é dor nas costas e costela (não sei bem explicar se é na costela mesmo). Os pés já começam a inchar e a ansiedade aumenta junto com eles. Agora só faltam 4 semanas... ou não! Você começa a pensar com quantos centímetros ela está e começa a utilizar objetos para ter noção do tamanho e peso que ela vai nascer. O rosto, mais redondo, declara os quilinhos a mais, mas, não se culpe! Afinal imagine que ela nasce com 3,5kg, pense no peso de ter um cordão enooorrrrmeee dentro de você que também sairá com seu bebê... pronto! Acalme-se digamos que você só engordou metade do que a balança registra de sobrepeso. Sexo... ah sexo!!! Começa a ficar mais complicado agora... abaixar e levantar não é mais tão simples quanto antes... fazer as pernas... passar hidratante, calçar os pé... tudo fica mais complexo e passa a ser uma ação desafiadora. Mas, tudo vale a pena por esta pequena! São só 4 semaninhas de sufoco... em troca de uma vida inteira de dedicação, amor e cumplicidade. Já me sinto pesada... ah e prepare-se, nesta fase as pessoas olham para você e dizem: “eita já está pesada!” e por mais que você saiba disso... você começa a se comparar com um caminhão cheio de areia ou uma hipopótoma (principalmente quando você ver suas fotos deitadas ao chão... tudo esparramado kkkk). Mas, até nisso é divertido. A pior parte para mim está em depender dos outros e ficar mais lenta. Se antes gastava 30 minutos para ir a um lugar, agora no mínimo gasto 15 a mais. Fazer feira em hipermercado é sinônimo de cansaço pós-maratona. Esperar pelos outros, que compreendo, não têm o mesmo tempo que eu, nem as mesmas habilidades para determinadas coisas, ou ainda, a mesma paciência... é que me deixa agoniada!!! Não serei mais a mesma, sem dúvidas, após esta fase... talvez eu seja bem melhor do que o que sou hoje por reconhecer, mais uma vez, que todos temos limitações e que precisamos do próximo para nossa própria sobrevivência. Na reta final... qualquer hora é hora e qualquer tempo é tempo de se permitir aprender consigo mesma e com aquele pequeno ser que já, já, sai de você e passa a ser do mundo! Isso também já é uma grande lição!