sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A visita inesperada e as lições que ela traz












Por Isis Correia




Às 19h é possível esperar, sem ansiedade alguma, a visita das tão conhecidas cólicas do bebê. Pelo menos as da Elis vinham nesta hora. Além de desafiadora, a cólica de Elis era massacrante e a levava às lágrimas nada mais, nada menos, durante 60 minutos. Claro que tentávamos de tudo, mas nada, nada resolvia. De luftal à massagem, de paninho quente na barriga a banho de balde com hidromassagem e água morna... até o tal regime alimentar, mesmo sem acreditar, a mamãe aqui fez e... nada! A cólica persistia. Mas, foi pesquisando pela internet – amiga de todas as horas – que encontramos mais uma tentativa e desta vez, deu certo. A receita: chá de erva-doce três vezes ao dia para a mamãe e, como resultado, efeitos maravilhosos no bebê. Desde que comecei a fazer disso um hábito diário, Elis não sente mais cólicas e eu tenho noites mais tranquilas. Ver nosso bebê chorando sem parar, sem podermos fazer muita coisa, nos dá um sentimento de impotência e desespero... é pedir paciência, paciência e paciência para esperar a dita-cuja ir embora. Às mães de primeira viagem é bom se prepararem porque elas são comuns... alguns bebês sentem mais outros menos, mas elas fazem parte do processo de amadurecimento do sistema digestivo de nossos filhotes. Mas, esta situação me levou, mais uma vez à reflexão... Eu odeio chá de erva-doce. Até o cheiro me deixava enjoada, porém com a necessidade de sanar o problema de Elis, agora posso dizer que até sou simpatizante do chá, afinal ele se tornou meu melhor amigo. A maternidade é uma comprovação de que nunca podemos dizer nunca... em nenhuma situação. O instinto materno e o sentimento de mãe nos faz mudar de opinião rapidamente. Arriscar de tudo para fazer o melhor aos nossos filhos, este discurso é velho, mas nunca deixará de caber. Ah! A quem diz que nunca dará chupeta a seu bebê, espere! Eu também disse isso... Mas, a maternidade, me deu mais uma lição, CADA CASO É UM CASO. E até quem parece ser o vilão, como no caso da chupeta, pode ser a solução de um determinado problema. Elis estava mamando, além da conta, para suprir a fome e a tal necessidade de sucção, e então estava começando a regugitar demais e ficar inquieta, chorando muito. Levei a uma pediatra e ela desconfiou de refluxo... Elis iria se subemetr a exames chatíssimos, foi quando pensei em testar a tal chupeta quando percebesse que ela só queria “sugar”. No começo ela não quis, até que molhei no leite materno e foi um santo remédio. Desde então, ela só pega a chupeta de vez em quando, e aquilo que estava 99% diagnosticado como refluxo, era apenas a vontade de “chupetar”. Assim, aprendi mais uma lição e compartilho com vocês que são pais e mães de qualquer viagem, primeira, segunda, terceira...