quinta-feira, 31 de março de 2011
Grávidas entre quatro paredes
Por Isis Correia Mulher grávida e sexo. Curiosidade de muitos, vivência de outros. Em primeiro lugar, esclareço que as mulheres grávidas não são seres “assexuados”, extraterrestres, nem muito menos se transformaram em mulheres frígidas. Temos desejo sexual sim! Ah e se surpreenda: a libido aumenta muitoooo durante a gestação! Curioso isso... não sei se só pelos hormônios ou se pela necessidade, “inconsciente”, da mulher se reafirmar enquanto mulher... é como se o corpo quisesse dizer assim: “Ei meu querido estou aqui ainda e continuo ‘gostosa’ e ‘caliente’ como antes. Por isso, se ligue!” Chega a ser cômico, porque até meu esposo chegou ao ponto de dizer “acho que não vou engravidar mais você!”... Porém, estou aprendendo que existem dois momentos no sexo para mulheres grávidas – a.B e d.B (antes e depois da barriga aparecer). Enquanto a barriga está pequenininha, ótimo! O futuro papai não se importa com a presença de uma “terceira pessoa” na relação que antes era a dois. O sexo torna-se bem mais envolvente, a cumplicidade parece que aumenta, a criatividade também, a energia está a mil. Até o quarto mês, sexo não é problema, é solução! Mas, ao chegar no quinto, quando sua barriga já está à mostra e ninguém mais desconfia que você está apenas com uns quilinhos a mais, aí começa a “neura” – no pai, né?! Porque a mãe continua com seus desejos à flor da pele. A questão é que a mulher vem sentindo suas transformações mais subjetivas durante todo o processo da gravidez, talvez até antes mesmo. Já para o papai as mudanças ficam na teoria e aquilo que a gente não vivencia causa muitas vezes medo. Pois é... O problema agora é que, nessa fase, o papai acha que ela está vendo tudo!!! E se ela mexer... pronto! Parece que é um terremoto que desconcentra o camarada... a solução, manter a concentração e driblar o olhar da barriga... assim consegue-se atingir a meta! Coisas normais que acontecem com “todos” os homens que têm companheiras grávidas, só que poucos admitem. Não que sua vida sexual virou um desastre, também não vamos ao extremo... mas, vez ou outra, você pode se deparar com esta situação. Para isso, tenha paciência com o futuro papai, afinal as mudanças estão acontecendo em você e ele tem mais dificuldade de vivenciar. As mudanças nele se referem à simbologia. Isso, dizem, que também vai acontecer com você, mas já quando seu bebê estiver em seus braços. A regra agora é ADAPTAR-SE. Não se desespere! Qualquer dificuldade não quer dizer que ele não lhe ama mais ou que não lhe deseja mais. A “psique humana” é muito mais complexa. E há quem diga que aos 8 meses... é só brincadeirinha... (risos)
segunda-feira, 14 de março de 2011
Os valores para um filho
Por Isis Correia
Bem... após Carnaval, volto a me comunicar com vocês e acho que a pausa para esta comemoração (que não sei porque existe... me desculpem a ignorância) serviu para que, aos quase 5 meses de gestação, eu começasse a refletir sobre os “valores”. Antes de engravidar, e querer muito que um dia eu tivesse condições de realizar este sonho, ouvi muita gente dizendo que filho não é brincadeira e que é preciso ter estrutura para este passo. Nestes momentos a “tal estrutura” estava bem relacionada às questões financeiras, ao “dar o que tem de melhor” para um filho, destacando-se – o melhor colégio, a melhor roupa, o melhor brinquedo e etc, etc e etc. Agora que vivencio a situação na vida real, mesmo sem as condições “ideais”, economicamente, falando, me preocupo com outros valores. Destaco que também acho importante ter dinheiro para oferecer conforto e segurança para a criação de um ser, mas minha preocupação vai além. A subjetividade de educar, de oferecer a estrutura emocional IDEAL para que aquele ser, mesmo com sua individualidade, tenha o direcionamento certo que o auxilie a ser uma pessoa íntegra, de bem, realizada e acima de tudo feliz, sem grandes traumas. Este começa a ser meu pensamento, observar os desafios a fim de me preparar aos poucos para ser uma boa mãe, presente, compreensiva e acima de tudo, amiga, buscando construir uma relação saudável, leve e livre de preconceitos de mitos e clichês. Não acredito que eu e Fabrício, sejamos os pais perfeitos, até porque nem sei se isso é possível. Mas, acredito que nosso discernimento sobre o desafio de ser pai e mãe é amplo e mais claro, agora. Nossa maior preocupação foge das condições de dar o material. Não me importo se minha filha vai estudar no colégio mais caro, aliás nem idealizo isso, quero que ela tenha uma atenção mais direcionada e conviva com um grupo menor. Não quero nunca ver os seus futuros namorados como sifrões em pessoa, estabelecendo relações de “o melhor companheiro é aquele que tem mais estrutura, e vem de novo o financeiro”... No carnaval, refleti um pouco sobre a juventude que bebe em excesso, os pais que foram os espelhos para isso, muitas vezes; as relações de amor e fidelidade banalizadas por muitos; a honestidade, a preocupação com o outro ao dirigir, por exemplo; as relações de amizade reais e ilusórias; a MORAL. Não creio que os pais sejam os culpados por certas desestruturas, mas creio sim que se com uma base familiar forte, bem erguida, o resto da construção pode ser mais seguro e firme. Talvez eu esteja errada, mas talvez não... o que quero mesmo é ter a certeza de que me preocupei com as coisas que realmente valem a pena e que realmente fazem a diferença na construção moral de uma criatura que me foi prometida para que eu a auxilie no seu desenvolvimento.
Bem... após Carnaval, volto a me comunicar com vocês e acho que a pausa para esta comemoração (que não sei porque existe... me desculpem a ignorância) serviu para que, aos quase 5 meses de gestação, eu começasse a refletir sobre os “valores”. Antes de engravidar, e querer muito que um dia eu tivesse condições de realizar este sonho, ouvi muita gente dizendo que filho não é brincadeira e que é preciso ter estrutura para este passo. Nestes momentos a “tal estrutura” estava bem relacionada às questões financeiras, ao “dar o que tem de melhor” para um filho, destacando-se – o melhor colégio, a melhor roupa, o melhor brinquedo e etc, etc e etc. Agora que vivencio a situação na vida real, mesmo sem as condições “ideais”, economicamente, falando, me preocupo com outros valores. Destaco que também acho importante ter dinheiro para oferecer conforto e segurança para a criação de um ser, mas minha preocupação vai além. A subjetividade de educar, de oferecer a estrutura emocional IDEAL para que aquele ser, mesmo com sua individualidade, tenha o direcionamento certo que o auxilie a ser uma pessoa íntegra, de bem, realizada e acima de tudo feliz, sem grandes traumas. Este começa a ser meu pensamento, observar os desafios a fim de me preparar aos poucos para ser uma boa mãe, presente, compreensiva e acima de tudo, amiga, buscando construir uma relação saudável, leve e livre de preconceitos de mitos e clichês. Não acredito que eu e Fabrício, sejamos os pais perfeitos, até porque nem sei se isso é possível. Mas, acredito que nosso discernimento sobre o desafio de ser pai e mãe é amplo e mais claro, agora. Nossa maior preocupação foge das condições de dar o material. Não me importo se minha filha vai estudar no colégio mais caro, aliás nem idealizo isso, quero que ela tenha uma atenção mais direcionada e conviva com um grupo menor. Não quero nunca ver os seus futuros namorados como sifrões em pessoa, estabelecendo relações de “o melhor companheiro é aquele que tem mais estrutura, e vem de novo o financeiro”... No carnaval, refleti um pouco sobre a juventude que bebe em excesso, os pais que foram os espelhos para isso, muitas vezes; as relações de amor e fidelidade banalizadas por muitos; a honestidade, a preocupação com o outro ao dirigir, por exemplo; as relações de amizade reais e ilusórias; a MORAL. Não creio que os pais sejam os culpados por certas desestruturas, mas creio sim que se com uma base familiar forte, bem erguida, o resto da construção pode ser mais seguro e firme. Talvez eu esteja errada, mas talvez não... o que quero mesmo é ter a certeza de que me preocupei com as coisas que realmente valem a pena e que realmente fazem a diferença na construção moral de uma criatura que me foi prometida para que eu a auxilie no seu desenvolvimento.
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